Há alguns dias atrás comprei um livro intitulado “Justiça: o que é fazer a coisa certa”
de Michel Sandel (2012), e ontem comecei a lê-lo. Confesso que foi uma das
melhores experiências que tive no que toca a flexão do que é justo ou não e quais
as relações entre bem estar social e liberdade, enfim, foi ótimo.
Porém não quero falar de justiça, pois o tema deste blog
não é esse, pretendo comentar sobre método e como se deve ser justo quanto a
sua utilização. No final do primeiro capitulo Sandel disserta sobre a relação
do filósofo e da Filosofia para com a sociedade e um questionamento feito (ou
que pela minha subjetividade foi feita) era sobre: – qual é a relação desse
campo de conhecimento para com a sociedade?
Esse questionamento para a metodologia, ao meu ver, é de
uma singular importância, pois me remete muito às minhas leituras sobre o
Existencialismo, pois, para que vou pesquisar algo que não toca a sociedade ou
o social (sendo desse modo o homem ser da razão)? Será que nós podemos
descartar a importância social de uma pesquisa? Será que não há uma população
que deseja conhecer a pesquisa e contribuir para a sua elaboração?
Tomanik (2004) ao discutir metodologia científica nos traz
questionamentos interessantes, para ele o equivoco de se pensar em uma ciência
neutra e capaz de transportar uma realidade independente do homem acaba por
conflitar com uma sociedade de significações e interpretações, sendo essas,
ditadas por seres sociais.
A partir desse pensamento de que seres sociais irão
interpretar a realidade (sendo o pesquisador também parte desses seres), chega-se,
então, a importância da sociedade para a pesquisa, pois por muito o ser
cientista se sente como o ser que saiu da caverna e encontrou a luz e dessa
forma o mundo fora da caverna, porém ele se esquece de que nada disso fará
sentido para os seres que acham que o real está nas sombras.
Podemos, então, concluir juntamente com Sandel que de
nada adianta a discussão de um conhecimento se não tivermos “contatos com as
sombras na parede”, pois uma discussão longe dessa realidade só produzirá uma “utopia
estéril”.
Abraços a todos amigos de pesquisa que ler este post e
até a próxima!
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